Sobre milho – Especial Bourbon Month
Quando eu era criança, uma vez, coloquei uma espiga de milho dentro do forno do fogão ligado, sem ninguém ver. Eu queria comer pipoca e fora ignorado por meus pais, apesar de meus protestos. Não sei quanto tempo esperei – deve ter sido bem mais do que uma hora – porque o resultado da experiência foi a carbonização da espiga e consequente imolação do forno. Depois que as chamas foram controladas, fiquei proibido de comer pipoca por tempo indeterminado, e descobri que milho de pipoca é diferente do milho da espiga, que a gente come. Quando cresci e comecei a me interessar por whisky, aprendi também que o milho da espiga que comemos também é diferente do milho do bourbon. E por sorte, dessa vez, não foi necessário qualquer empirismo. Mesmo porque secar, moer, fermentar e destilar uma espiga encontrada na feira é bem mais difícil do que botar fogo em utilidades domésticas. E é isto que vou contar para vocês hoje – como há milhares de milhos! Vamos começar a destrinchar esta espiga com uma rememoração. Para que um bourbon whiskey possa ser assim chamado, ele deve seguir as seguintes premissas, dispostas no Code of Federal Regulations, title 27, part […]