A Catedral do Whisky – uma visita à maior coleção da América Latina

  Às vezes grandes descobertas estão mais próximas do que imaginamos. Tão próximas como, por exemplo, o jardim de casa. A internet está cheia de casos sobre objetos curiosos que teriam sido desenterrados de onde eles menos poderiam estar. Uma das minhas histórias preferidas é a de duas crianças, que em 1978 decidiram que iriam – à revelia de sua mãe – cavar alguns buracos no jardim. E aquilo poderia ter terminado em apenas uma bronca bem dada, se a dupla não tivesse encontrado uma Ferrari Dino 246 GT enterrada logo ali. O carro, que hoje vale aproximadamente trezentos mil dólares, teria sido sepultado lá por ladrões que, por algum motivo, jamais voltaram para reavê-lo. Outra história curiosa é de um homem, que talvez por tédio, talvez por ser esquisito mesmo, resolveu que percorreria seu jardim com um detector de metais. E graças a essa atividade completamente aleatória, ele acabou encontrando uma pepita de ouro de aproximadamente três quilos e meio. Aquele perdigoto de metal precioso foi mais tarde leiloado por quatrocentos e sessenta mil dólares. E eu, apesar de nunca ter encontrado nada enterrado em meu jardim – em parte porque moro em apartamento – me senti como se […]

Drops – Glenmorangie Pride 1981

  Aí vai um whisky despretensioso para sua tarde de quarta-feira. Este é o Glenmorangie Pride 1981, maturado por 28 anos, uma das mais exclusivas e cobiçadas expressões da destilaria de Tain. A maturação do Glenmorangie Pride ocorreu em duas etapas. Em 1981, seu precioso líquido foi destilado e colocado em barricas de carvalho americano que antes contiveram bourbon whiskey. Segundo Bill Lumsden, master distiller da Glenmorangie, a ideia teria sido produzir uma edição especial, maturada por 18 anos. Entretanto, em 1999, a Glenmorangie adquiriu uma pequena quantidade de barricas de carvalho que antes teriam sido usadas para envelhecer um dos mais famosos e caros vinhos sauternes do mundo, o Chateau D’Yquem. Ou seja, joias em forma de barril. Na posse dessas maravilhas, Lumsden então decidiu que produziria um whisky ainda mais especial. Transferiu o conteúdo das barricas de bourbon – que lá já descansavam por 18 anos – para aquelas de Chateau D’Yquem, e lá deixou por mais dez anos. Na época, o maior tempo de finalização (ou maturação extra) já praticada pela Glenmorangie. Segundo Bill “Percebi que se deixasse o whisky nas barricas por mais tempo, sabores resinosos, picantes e de taninos do carvalho francês poderiam começar a […]