Glenmorangie 18 The Infinita

Em 1726, Jonathan Swift descreveu em As Viagens de Gulliver um curioso território insular que flutuava sobre o ficcional reino de Balnibarbi. A ilha, com sua base magnética de adamântio, era habitada pela realeza e nobreza de Balnibarbi. Seres extremamente inteligentes, mas totalmente desconectados da realidade prática. Absorvidos por ideias abstratas e complexas, se viam incapazes de preparar uma refeição sem algum auxílio de humanos mais pragmáticos. Swift, que escrevera a obra em inglês, nomeou a ilha de Laputa. O nome, entretanto, teria passado despercebido pelos anais literários, não tivesse sido resgatado pela Mazda. Em 1999, a fábrica japonesa de automóveis lançou um novo carro, e, inspirada pela erudita referência, decidiu que seria uma boa ideia batizá-lo de Laputa. O que, na cabeça de seus executivos – que muito bem poderiam ser habitantes da ilha ficcional – evocava um ar de inovação e sofisticação flutuante. Assim surgiu o Mazda Laputa, que rapidamente se tornou uma piada pronta para nós, afortunados falantes de línguas latinas. Diante do constrangimento, a Mazda tomou a decisão de reintroduzir o carro com o nome de Verisa. Que foi escolhido pela sonoridade, não significa nada, e – nem de longe – é tão legal quanto Laputa. […]