Especial de Páscoa – Harmonização de Whisky e Chocolate

Ah, a Páscoa. Só de pensar na data comemorativa, meu índice glicêmico já sobe. A páscoa é como um mini-natal. Nos reunimos com familiares que não se interessam por nós, para conversar sobre assuntos que não nos interessam e para comer de forma desenfreada, numa vã tentativa de evitar mais conversa. As únicas reais diferenças entre a Páscoa e o Natal é que tem menos uva passa na comida e, ao invés de presentes, ganhamos chocolate. O que, pra mim, é um problema, já que não sou muito fã do doce. Curioso isso, porque quando eu era criança, eu amava chocolate. Mas, à medida que cresci, o fascínio foi se dissipando. Hoje, não apenas como pouco chocolate, como poucos doces em geral. É que – aliada à mudança de meu paladar – veio a idade. E, com ela, a prerrogativa de comer de tudo em quantidades gargantuais e não sofrer consequências desapareceu. Por isso, faço uma troca: como poucos doces, mas bebo. E pelo fato de chocolate não faça parte de minha dieta diária, tenho uma enorme dificuldade em acabar com os poucos ovos que recebo. Para solucionar este problema que não precisa ser solucionado, então, resolvi realizar uma atividade […]

O Coelho Engarrafado – Whisky e Chocolate

  Quando eu era criança, adorava a páscoa. Esperava pela data com semanas de antecedência. Isso provavelmente tinha a ver com o fato de que eu era uma criança absolutamente onívora. Não, na verdade, onívora seria uma bela suavização do que eu realmente era. Eu era uma draga. Um verdadeiro avestruz humano. Na minha cabeça de criança, comida boa era sempre sinônimo de muita comida. E a páscoa, para um verdadeiro triturador de alimentos como eu, era – perdão pelo trocadilho cretino – um prato cheio.   Hoje em dia, para ser absolutamente sincero, não ligo muito para a significância gastronômica da data. As refeições são boas, mas não são melhores do que aquelas de outras datas comemorativas. Além disso, ainda que goste, não sou mais tão fascinado por chocolate. Na verdade, hoje meu chocolate preferido é o amargo ou meio amargo. E o fascínio que o chocolate branco exercia sobre minhas glândulas salivares, atualmente, é quase nulo. Mesmo assim, há uma certeza sobre a Páscoa. Vou ganhar chocolate de alguém. É uma tradição. E convenhamos, isso não é nada ruim, mesmo porque ganhar chocolate é bem melhor do que receber, sei lá, um Vale-CD em pleno ano de 2015. […]