Polivalência – Dewar’s 18

Acho engraçado como, na antiguidade, quase todo mundo era mais de uma coisa. Acho que como não havia internet, Netflix, televisão e nem smartphones, as pessoas tinham mais tempo para se dedicar a seus ofícios. Ou talvez só ficassem terrivelmente entediadas, e por isso procurassem algo para se ocupar. Mas não estou falando de multitasking. Não. Era algo muito maior que isso. Um exemplo foi Blaise Pascal. Aquele mesmo, do Teorema de Pascal. O rapaz – que viveu durante o século dezessete – era matemático, físico, inventor, escritor e teólogo do catolicismo. Enfim, um cara bem versátil. Ou quiçá apenas alguém hiperativo em uma época que não oferecia muita coisa para se fazer numa quarta-feira à tarde, por exemplo. No mundo do whisky temos também personagens polivalentes. Um deles foi Thomas Dewar – também conhecido como Tommy – um dos filhos de John Dewar, fundador da marca de blended whiskies que leva seu sobrenome. Tommy era um cara engenhoso. Algumas de suas ocupações eram: empresário do mundo do whisky, vendedor, criador de cavalos, pombos-correio e – mais reconhecidamente – galináceos. Thomas também era extremamente comunicativo, carismático e espirituoso. Ele se divertia cunhando máximas, que ficaram tão conhecidas que foram apelidadas […]