Jack Daniel’s Tennessee Fire
Na década de oitenta, o bom-senso era algo bastante relativo. Especialmente se você fosse criança. Se você discorda, acompanhe-me em um flashback. Afinal, a internet se regojiza com flashbacks. Nos anos oitenta, um palhaço quimicamente alterado concorria com uma moça com figurino questionável como principal atração televisiva infantil. Nos anos oitenta, podia passar produto tóxico no machucado, andar no banco de trás sem cadeirinha e comer chocolate em forma de cigarro. Aliás, falando em chocolate em forma de cigarro, os doces eram divididos em dois tipos. Os de essência ambígua – como os tais cigarrinhos, pirulito chupetinha e pirocóptero – e os que causavam sufocamento. Como Bolin Bola e aquela bala que parecia uma hemácia. Porém, dentre todas, minha preferida (integrante do segundo grupo) sempre foi a bala de canela. Aquela redondinha e durinha, bem do tamanho do meu esôfago. E ainda que eu não seja tão nostálgico de minha impúbere época, seus sabores ficaram gravados com muita clareza em minha memória. Tanto que, recentemente, me senti transportado novamente para a infância ao provar uma bebida cujo sabor reminisce bastante aquele da balinha. Aliás, não só relembra, como é praticamente a versão líquida dela. O Jack Daniel’s Tennessee Fire. Um […]