Das Aves – Wild Turkey 101 Bourbon

Esta matéria foi originalmente postada em 2018, e revista e atualizada em junho de 2025 por conta do relançamento do Wild Turkey 101 no Brasil. Ah, a águia de cabeça branca. Um animal belíssimo, forte e atroz. No topo da cadeia alimentar, ela é temida e respeitada por todos. Não é a toa que foi o animal escolhido para representar os Estados Unidos da América, o maior poderio bélico do mundo, e um país completamente obcecado por poder. Mas mesmo antes, a águia – e outras aves de rapina de diferentes tamanhos – já era utilizada como um símbolo de força. O império bizantino possuía uma águia de duas cabeças como seu emblema, que, mais tarde, foi adotada também por Ivan III, da Rússia. E no Egito, o falcão era a representação antropozoomórfica de Horus. Mas não foram apenas nações que adotaram esta imponente ave de rapina como seu símbolo animal. Muitas empresas e organizações também o fizeram. A American Eagle Outfitters, por exemplo. A Eagle Pharmaceuticals. Nada mais apropriado. Somos naturalmente induzidos a relacionar poder e força a este animal – valores bem buscados por corporações. Uma escolha bem menos óbvia, porém, é o peru selvagem. O peru selvagem é […]

Reminiscência – Jim Beam Black

Sábado, São Paulo, oito horas da manhã. Saudáveis dez graus centígrados. Janela aberta, pouca luminosidade. Nuvens de chuva se formando. Fecho os olhos numa vã tentativa de dormir novamente. Sonho, por uma fração de segundo, na minha ex-professora de geografia, que explica, flutuando sobre uma espécie de algodão doce, a formação dos cirros, cúmulos e nimbos. Caramba, quanta coisa que aprendi e nunca usei. Platelmintos, angiospermas, actinopterígeos, lactobacillus. Trovão. Acordo num ressalto e espio o despertador. Oito e sete. Deslizando como um nematelminto até o chão, me coloco de pé. Banho, dentes. Mas que diazinho mais ou menos para fazer qualquer coisa.  Lembro-me, ainda reminiscente de minha professora voadora, que convidei alguns amigos da época do colegial para tomar alguns coquetéis – temerariamente feitos por mim – e jantar. Era o que precisava: propósito. Decido ir a um supermercado novo que abriu perto de casa. Fico animado a ponto de até dar um discreto salto de resolução. Se você não acha supermercado um programa, então deveria experimentar o tédio e a fome proporcionados por uma manhã de sábado. Vou caminhando e chego em menos de cinco minutos. Lugar amplo, teto alto, prateleiras de madeira. Tem até um pequeno pinheiro – uma gimnosperma […]