Drinque do Cão III – Old Fashioned

Esses dias descobri que a música mais tocada no dia do meu nascimento, ao redor do mundo, foi Like a Virgin, da Madonna. Já no dia de nascimento da minha filha, a música que encabeçava as listas de sucessos era Black Horse, da Katy Perry, com participação especial de um tal de Juicy J (tive que googlar para ver quem era). Quando contei a um amigo sobre essa descoberta, ele me disse que realmente a música havia piorado muito. Afinal, Like a Virgin é um clássico do pop, uma das músicas mais emblemáticas de uma década, e, bom, Black Horse é só um monte de barulho eletrônico com uma morena – na minha opinião “bem” – bonita cantando. E que tudo era ridículo sobre aquela música, inclusive o nome do convidado especial que, em uma tradução livre, seria “O Jota Suculento”. Tive que discordar. Tudo bem que Jota Suculento é um nome bem tosco, principalmente para um cara gigante, e que Madonna é um pouco melhor. Mas, analisando friamente, os versos “como uma virgem, tocada pela primeiríssima vez, como é gostoso aqui dentro, quando você me abraça” não são nenhum Bob Dylan perto de “o amor dela é como uma […]

Drinque do Cão II – Penicillin

  Lembram-se quando falei sobre o sentido da palavra “serendipidade”? Quando a mencionei pela primeira vez, utilizei um exemplo que deixou muita gente excitada. O Viagra. O Viagra foi, fácil, uma das maiores serendipidades da história. Além dele, outra serendipidade incontestável foi a penicilina. Ela foi descoberta por acaso, pelo cientista escocês Alexander Fleming, em 1928. A penicilina foi provavelmente a segunda maior contribuição da Escócia para o mundo. Depois do whisky, óbvio. É que antes da penicilina, se você cortasse a perna e ela, porventura, infeccionasse, havia uma chance razoável de ter que amputá-la. E se você desse esse azar antes de 1846, sua perna teria que ser lentamente e cuidadosamente arrancada sem o uso de qualquer anestesia, enquanto você urrava de dor. Porque, bom, porque não existia anestesia, também.   E tudo bem que tomar antibiótico é chato, porque você fica com dor de estomago, e não pode beber. Mas sei lá, eu acho que eu prefiro passar uns dias sem beber nada do que perder um membro do corpo. E, se você pensar, foi mais ou menos essa a escolha que a penicilina te trouxe. A penicilina, assim, foi uma revolução para a humanidade. Para mim, uma […]

World (Whisky) Martini Day

Dia 19 de junho foi o World Martini Day. E ainda que Martini não seja whisky, é um coquetel bem respeitável. Prova disso são seus admiradores. Apenas para citar alguns, temos James Bond, Winston Churchill, Homer Simpson, Frank Sinatra e o comediante americano George Burns. Este último tem uma frase excelente, que, em uma tradução livre, seria algo como “eu nunca pratico corrida. Me faz derrubar meu Martini”. O dia, além de ser um tributo a um dos coquetéis mais famosos da história – e muito possivelmente o mais famoso do mundo do cinema – é uma oportunidade para que bares e bartenders, sejam eles profissionais ou amadores, apresentem suas criações e releituras do tão famoso drink. Talita Simões, consultora e bartender do restaurante Side, em São Paulo, por exemplo, criou um Unusual Martini, com vodka, vermutes e até bitters de chocolate. E como um bom fã de James Bond, Winston Churchill e, principalmente, Homer, este Cão não poderia deixar de fazer sua contribuição. Então, meus caros, sentem-se e peguem seus caderninhos, porque aí vai a primeira lição de mixologia à la Chien embouteillé. Usando whisky, óbvio: SMOKED MARTINI INGREDIENTES: 3 doses de Vodka (este Cão usou Belvedere) ½ dose de […]