Especial de St Patrick’s – Irish Maid

Este é um post especial de St Patricks. Eu poderia falar, mais uma vez, de São Patrício. Comentar que ele é o padroeiro da Irlanda, e que o consumo de álcool durante as festividades em sua homenagem teve origem em uma restrição etílica no século dezessete. E depois falar tudo que o país tem de característico, como trevos, o Colin Farrell e uma dezena de escritores geniais. Mas, não vou fazer isso, porque já falei nos anos anteriores. Hoje, vou falar de pepino.

Pepino, facilmente, é meu vegetal de dupla conotação preferido. Ele dá um pau na beringela e arregaça a cenoura em benefícios, versatilidade e sabor. Pepinos, por exemplo, te deixam hidratado. Eles possuem 96% de água, que é inclusive mais nutritiva do que água normal. Além disso, cotém um punhado de vitaminas. O vegetal cilíndrico é tão pica (ops) que você nem precisa comer ele. Colocar uma fatia na pele ou nos olhos ajuda a aliviar dores de queimaduras e olheiras.

Se você for um gato, talvez não goste. Veja aqui.

Além disso, ele fica uma delícia num sanduíche, com coalhada ou cream cheese. Em conseva, nem se fala. Introduza um pepino em conserva em seu sanduíche ou hambúrguer para uma versão muito melhorada do lanche. Naturalmente, com tamanha polivalência culinária, em algum momento, alguém pensaria em enfiar o pepino em um coquetel. E foi justamente isso que Sam Ross – o mesmo cara que inventou lendas como o Penicillin e Paper Plane – fez, com seu Kentucky Maid.

O Kentucky Maid leva bourbon, limão, xarope de açúcar, hortelã e pepino. Por ser refrescante e fácil de fazer, o drink alcançou fama rapidamente. E como tudo no mundo da coquetelaria que faz muito sucesso, gerou uma pletora de variações. Por exemplo, ao trocar o whiskey por gim, tem-se o London Maid. Rum, Cuban Maid. Single malt japonês, bom, aí é nada – só mostra que você é rico e estúpido o suficiente para usar um malte japonês num coquetel que não precisa de malte japonês. Mas, enfim. Introduzindo Irish Whiskey, temos o tema desta matéria. O Irish Maid.

Na opinião deste Cão o Irish Maid é superior ao Kentucky Maid por alguns motivos. Primeiro, o drink é essencialmente refrescante. Utilizar um whiskey mais pesado, carregado de sabor ou adocicado, como a maioria dos bourbons, reduz sua drinkability. Portanto, Irish Whiskey é uma escolha perfeita. Além disso, por ter um perfil mais delicado, o destilado faz com que os outros elementos do coquetel se sobressaiam – e o afasta um pouco da óbvia comparação com o whiskey sour ou o Mint Julep.

Fora do Brasil, temos muitas opções de Irish. Por aqui, só Jameson.

É importante notar uma adição à receita do Irish Maid. Licor de Elderflower. Para reequilibrar o coquetel, usa-se meia dose de St. Germain. Em suas pesquisas, este Cão não localizou a origem dessa adição. Entretanto, recomenda que se use o licor – ele evita que o coquetel se torne excessivamente doce, se você aumentar o xarope de açúcar, ou muito cítrico. Bem, sem mais, coloquem seus pepinos em riste para um coquetel simples e refrescante, perfeito para o St. Patricks Day brasileiro. O Irish Maid.

IRISH MAID

INGREDIENTES

  • 60ml Irish Whiskey (este Cão usou Jameson)
  • 22,5ml xarope de açúcar
  • 22,5ml suco de limão siciliano
  • 15ml licor de elderflower
  • 2 fatias de pepino para amassar, mais duas para guarnição
  • parafernália para amassar e bater

PREPARO

  1. Amasse duas fatias de pepino dentro de uma coqueteleira
  2. na mesma coqueteleira, adicione os ingredientes líquidos. Bata vigorosamente com bastante gelo
  3. desça, com coagem, o coquetel num copo baixo, com bastante gelo
  4. decore com outras duas fatias de pepino.

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