Degustação com Robin Coupar – Global Brand Ambassador Wild Turkey

  Quinta-feira, 14:30. Três taças de whiskey posicionadas à minha frente. Na sala contígua, bartenders preparam coquetéis com whiskey para convidados – entre eles, uma espécie de smash, criado por Paulo Freitas, embaixador brasileiro de Wild Turkey e Campari. Dado o horário e a assemblage etílica, este não é um dia normal de trabalho. É que Robin Coupar, embaixador global da Wild Turkey, esteve no Brasil para uma série de degustações da marca, e este Cão teve o prazer de participar de uma delas. Durante a apresentação, Robin – que é escocês e apaixonado por tudo relacionado a whisky – contou alguns detalhes sobre a história e produção de Wild Turkey. As degustações fazem parte do concurso Behind The Barrel, que contou com 30 participantes brasileiros. A competição é um convite do bourbon Wild Turkey, marca do Campari Group para que bartenders criem um “Coquetel Verdadeiramente Seu”, utilizando Wild Turkey 101. Uma das características mais interessantes é a pouca diluição. O produto da destilação – o white dog – entra nas barricas quase com a força que sai dos destiladores contínuos. Isso faz com que o sabor trazido pela mashbill do whiskey fique mais evidente, mesmo depois de totalmente maturado. Durante o evento, […]

Jameson Bartender’s Ball 2018

Nunca imaginei que ficaria ansioso por uma segunda-feira. Afinal, segundas costumam ser dias meio chatos. Acordar cedo, academia, trabalho, rotina. Mas aconteceu. É que este Cão foi convidado para acompanhar a final brasileira do já conhecido concurso de coquetelaria Jameson Bartender’s Ball, que aconteceu justamente nesta-segunda feira, dia 14, no Z Carniceria em São Paulo. Como você provavelmente sabe, Bartender’s Ball é uma competição internacional de bartenders, em que cada um deve criar um coquetel próprio, utilizando Jameson. De acordo com Flávia Molina, diretora de Marketing da Pernod-Ricard Brasil (proprietários da destilaria Midleton, que produz Jameson) “O Bartender’s Ball vem sendo um sucesso ano após ano, justamente pelo fato de que o whiskey Jameson é reconhecido pelos profissionais por sua suavidade. E nada melhor do que ser suave para incrementar e incentivar novas receitas criativas e deliciosas, típicas da coquetelaria.” No ano passado, o vencedor foi Renan Tarantino com seu Sabiá. Neste ano, além da tradicional competição, foram servidos aos espectadores três coquetéis. Um deles, uma espécie de Whiskey Mule, criação de Lula Mascella, do bar Picco. Os outros dois, elaborados por Rafael Mariachi, mixologista da Pernod Ricard. Destaque para uma incrível releitura do Old Fashioned, preparado com Jameson e batizado de […]

Degustação de Bruichladdich – Cateto Pinheiros & O Cão Engarrafado

Prezados, interrompemos a programação normal deste blog para um anúncio. Mas um anúncio relacionado a whisky. Aliás, um belo whisky. Na próxima segunda-feira, dia 07/05, este Cão promoverá uma degustação de Bruichladdich, harmonizada com um incrível charuto cubano Sancho Panza no Cateto Pinheiros, tradicional bar de São Paulo. Serão provados os dois whiskies da destilaria disponíveis em nosso país, e importados pela Interfood Importação : Laddie Classic e Port Charlotte Scottish Barley. Haverá também um coquetel especial, criado para o dia, que levará Bruichladdich, pelas mãos da bartender Neila Pamplona. Se você não fuma, não se preocupe. Há duas opções de pacotes, com e sem charuto: FULL TICKET (20 vagas apenas): 1 dose do single malt Bruichladdich Laddie 1 dose do single malt Bruichladdich Port Charlotte + cocktail a base de laddie + Charuto Sancho Panza belicosos VALOR R$: 175,00 ONLY DRINK TICKET: 1 dose do single malt Bruichladdich Laddie 1 dose do single malt Bruichladdich Port Charlotte + cocktail a base de laddie VALOR R$: 115,00 O valor pode ser pago no ato, em cartão de crédito.  Para reservar, basta enviar um e-mail para eduardo.cateto.bar@gmail.com e informar o pacote que deseja. Mais detalhes aqui.  

Cachorro identifica mais de 80 aromas de whisky

Todos nós temos projetos secretos. É como disse uma vez alguém, que não sei quem é. As chances de sucesso de um projeto são inversamente proporcionais ao número de pessoas que sabem dele. Com isso em mente, desde que lancei O Cão Engarrafado, me envolvi em um projeto ambicioso. Treinar meu querido Maverick – o cãozinho que aparece aí no cabeçalho da página – a identificar, pelo olfato, o maior número de aromas de whisky. Levou mais de três anos. Os primeiros meses foram especialmente difíceis, porque o Maverick apenas me olhava com um semblante lhano, sem qualquer expressão. Às vezes ele se interessava por algum aroma – o carnudo, presente no Clynelish era seu preferido. Mas muitas outras apenas me ignorava, coçava a orelha, lambia suas partes ou corria atrás do rabo, numa postura passiva-agressiva demonstrando seu total desdém pelo meu projeto. Após um ano de treinamento – envolvendo mais de duzentas amostras e dois kits de aroma – o cãozinho começou a mostrar alguns sinais de que eu estava no caminho certo. Toda vez que colocava um whisky no copo, ele me olhava com antecipação, aguardando sua chance de sentir o delicioso cheiro da bebida. Como Maverick não […]

Bebendo o Oscar 2018 – Comparando whiskies e filmes – O Cão Engarrafado

Quando era criança, fazia todo tipo de atividade inútil. Não academicamente inútil, como aprender sobre nematelmintos e platelmintos, mas realmente inútil. Como, sei lá, tentar não pensar numa coisa que eu acabei de pensar. Ou adivinhar a cor do próximo carro que passaria pela janela. Ou – uma das minhas preferidas – repetir uma palavra um zilhão de vezes até que a impressão de seu significado se esvaísse completamente, restando somente a sonoridade. À medida que cresci, essas atividades se sofisticaram. Uma das mais elaboradas envolve uma lombada eletrônica quase em frente ao meu prédio. Toda vez que passo por ela de carro, tento chegar o máximo que posso perto do limite de velocidade, que é de quarenta quilômetros por hora. É um joguinho legal, especialmente quando marco trinta e nove ou trinta e oito. Sorrio por dentro em reconhecimento de minha precisão com o pedal do acelerador. Mas é tão legal quanto inútil, porque, quando eu venço, eu não ganho nada. Mas quando eu perco, levo uma multa. Outra atividade da mesma natureza é tentar relacionar coisas quase não relacionáveis. Encontrar pontos de tangência entre John Lennon e papel higiênico ou entre McRib e loucura. Ou ainda filmes e […]

International Scotch Day – Ou #lovescotch

Hoje é véspera de Carnaval – afinal, estamos em Fevereiro, e Fevereiro inteiro é véspera de Carnaval. Este são já é um excelente motivo para beber whisky, mesmo que para mim, não seja necessário qualquer pretexto para isso. Entretanto, se para você isto não for suficiente, não há razão para pânico. Hoje é um dia especial para o whisky. Hoje é o Dia Internacional do Scotch (International Scotch Day). Além do Dia Internacional do Scotch, a melhor bebida do mundo é celebrada em outras duas datas. No dia 20 de maio (World Whisky Day) e no dia 27 de março (International Whisky Day). Parece confuso e é. Mesmo porque, essencialmente, os dias comemoram a mesma coisa e do mesmo jeito, ainda que suas histórias sejam diferentes. Mas também, quem reclamaria de beber whisky por mais um dia do ano, não é mesmo? O International Scotch Day foi criado em 2017 pela Diageo, que – caso você tenha a sorte de estar na Escócia – abrirá todas as suas destilarias para visitação gratuita. Estamos falando de Clynelish, Talisker, Lagavulin, Cragganmore, Cardhu, Glenkinchie e Oban, entre outras. E, se você morar no futuro, Brora e Port Ellen também. Mas as comemorações não acontecerão apenas por […]

Whiskies para Esquecer 2017

2017 foi um ano como qualquer outro. A humanidade, apesar de todos os votos de paz e prosperidade em 2016, pouco evoluiu. Como sempre, presenciamos todo tipo de desgraça. Guerras, fome, êxodo do oriente médio e do norte da África e o recrudescimento de posições anacrônicas, reacionárias e – correndo o risco de ser maquiavélico – simplesmente malignas. A criatividade e a renitência humanas são de se admirar. Ou chorar. É incrível como somos criativos em cometer os mesmos erros do passado de uma forma diferente. Aliás, vou mais além. Diria que a humanidade involuiu. Começou com a eleição do louco do Trump, no final de 2016. Passou pelo Brexit – que para um amante de whiskies até parece vantajoso, já que a moeda britânica se desvalorizou, mas que a longo prazo é desastroso. E desembocou na quase liderança da música Havana, de uma tal de – olha esse nome – Camila Cabello na Billboard. Uma música que poderia ter sido facilmente composta por minha filha. Com sono. Num daqueles pianinhos de três teclas. Só para você ter uma ideia de como pioramos, em 2014 a musica eleita foi All of Me, do John Legend. Que também não é lá […]

O Cão Natalino – Presentes de Natal para um Amante de Whisky

Estamos novamente no final do ano. Época de passar calor, da famigerada festa da firma, de ouvir a piada do pavê. Época de rever todo aquele pessoal que você não via o ano todo, encher a cara, abraçar, ficar seminu, passar vergonha e depois ignorar todo mundo que viu por mais um ano. Talvez pela mais pura vergonha, ou talvez pela indiferença da sobriedade. É um negócio quase cíclico. Cíclico e trágico. Uma vez eu disse que o calor é a pior coisa sobre o final do ano. Bom, não é. A pior coisa é a sudorese do amigo secreto. O amigo secreto é aquela brincadeira em que todo mundo ganha presente, mas que, no fundo, todo mundo perde. Primeiro porque o presente dado é sempre melhor que o recebido. É, eu sei, é um mistério quântico este, o ciclo não fecha. Em segundo – e o pior de tudo mesmo – é que você descobre que não conhece bem seu amigo, e que seu amigo também não tem a menor noção de como é a sua vida. Dar o presente é uma atividade quase tão decepcionante quanto recebê-lo. Decepção, esta, que somente é superada pelo sorteio do presenteado no […]

O Cão Histórico – A Lei Seca Norte Americana

Hoje deveria ser feriado. É que hoje é o aniversário de um dos dias mais importantes do mundo. Quer dizer, mais importantes para um ébrio amante das bebidas etílicas. É que no dia 05 de dezembro de 1933, há exatamente oitenta e quatro anos, o experimento social mais desastroso do mundo chegava ao fim. A Lei Seca Norte-Americana, conhecida por lá como Prohibition – ou, mais tecnicamente, o Volstead Act. O Volstead Act proibida o comércio, transporte e produção de quaisquer bebidas “intoxicantes” em todo o território americano. Em outras palavras, a lei – batizada por conta de Andrew Volstead, presidente do comitê judiciário que a produziu – tornava a feliz e antes descomplicado ato de embriagar-se muito mais difícil. Mas, veja bem, não impossível. A indústria mais afetada foi, naturalmente, a do Bourbon Whiskey. Antes da Lei Seca, havia mais de três mil destilarias operando nos estados unidos. A maioria delas não resistiu e fechou suas portas para nunca mais retornar. Estoques inteiros foram derramados, literalmente, no ralo. Outras, porém, abordaram o problema de uma forma mais, diremos, criativa. Joe Beam, que na época era o responsável pela Jim Beam, por exemplo. Ele desmontou cuidadosamente todos os seus armazéns […]

Whisky Show 2017 – A Disney do Whisky

Todos nós temos fantasias. Para um bibliólatra, talvez seja a Biblioteca Britânica. Já um cinéfilo sonharia participar do Festival de Cannes. Um enófilo, por sua vez, ficaria extasiado – literalmente – em participar de uma grande feira de vinhos, ou talvez de uma série de visitas às suas vinícolas preferidas. Por fim, um microaerófilo, bem, um microaerófilo não gostaria de nada, porque microaerófilo é um tipo de bactéria. Já para um apaixonado por whiskies, como este Cão, o zênite seria participar do Whisky Show, de Londres. São três dias, mais de uma centena de expositores e seiscentos rótulos disponíveis. Organizado pela The Whisky Exchange de Londres, o Whisky Show é provavelmente o maior evento dedicado à bebida do mundo. Há todo tipo de whisky, das mais incríveis e improváveis regiões do mundo. Há garrafas de milhares de libras – como o Glenmorangie Pride 1978 – e outras bem mais mundanas. O whisky show é uma espécie de open-bar dos céus, onde quase tudo engarrafado – exceto alguns especiais – pode ser consumidos livremente. Há uma refeição incluída, assim como expositores de produtos relacionados, como embutidos finos e cervejas maturadas em barricas de whisky. Tudo disponível para consumo, apenas pelo preço do […]