Roger Moore faleceu. Mas você já sabe disso. E você provavelmente sabe também que o ator que tornou-se mundialmente famoso por representar o agente secreto mais conhecido do cinema: James Bond. Foi ele que participou de mais filmes da franquia – sete ao todo – concorrendo apenas com Sean Connery. Roger apresentou um James Bond menos irônico, mais sisudo e menos nonsense – ainda que isso não signifique muita coisa para James Bond.
O que você talvez não saiba é que durante os sete filmes em que viveu Bond, Moore nunca pediu um Martini de Vodca batido e não mexido. E que, curiosamente, seu contrato com a franquia possuía uma cláusula que lhe dava direito a um estoque ilimitado de charutos Montecristo. E, por fim, que Roger Moore morria de medo de armas de fogo. Algo, que, convenhamos, é plenamente justificável, mas que talvez seja um pequeno empecilho quando se é encarregado de representar um agente secreto com licença para matar.
Outra coisa que, incrivelmente, nunca contracenou com Moore foi whisky. A paixão de Bond pela destilaria The Macallan surgiu muito mais tarde. Apenas com o advento do novo milênio que 007 incluiu o single malt em sua lista de bebidas preferidas – que já continha martinis, champagne (Bollinger e Taittinger) conhaque (Courvoisier), rum e vinho. E, na opinião deste Cão, a adição veio tarde. Porque os The Macallan realmente são um par perfeito para ele.
No Brasil, podemos encontrar quatro expressões da destilaria. Quatro de sua 1824 Series – o Amber, Sienna, Ruby e Rare Cask e um da linha Fine Oak – o 12 anos. No entanto, além deles, caso você esteja de passagem em algum aeroporto brasileiro com destino para o exterior, poderá encontrar outras expressões da destilaria – Select Oak, Whisky Maker’s Edition e Estate Reserve. Estas são três dos cinco whiskies da 1824 Collection, que também conta com o The Macallan Oscuro e o raríssimo Limited Release MMXII.
O Macallan Maker’s Edition é a expressão intermediária da 1824 Collection. E, muitas vezes, apontado como o preferido em degustações da coleção. Ele foi criado pelo gerente da destilaria Macallan, Bob Dalgarno. Ainda que não haja idade estampada no rótulo, Bob assegura que não utilizou nenhum whisky com idade inferior a 12 anos para criar o single malt.
Assim como nas demais expressões da 1824 Collection, a maturação do Macallan Maker’s Edition é uma combinação de whiskies maturados em barricas de carvalho americano, que antes maturavam bourbon whiskey ou vinho jerez, e outras de carvalho europeu, que também contiveram jerez. A diferença entre as expressões fica por conta do tempo de maturação médio de cada um dos elementos, bem como a proporção de cada whisky utilizado.
Se passar por um Duty Free em alguma viagem internacional, não deixe de conferir o The Macallan Whisky Maker’s Edition. E não demore tanto quanto o agente secreto mais conhecido da ficção. Afinal, só se vive uma vez.
MACALLAN WHISKY MAKER’S EDITION
Tipo: Single Malt sem idade definida
Destilaria: Macallan
Região: Speyside
ABV: 43%
Notas de prova:
Aroma: adocicado, frutado. Canela, pimenta do reino.
Sabor: Frutas vermelhas, pimenta do reino, canela, um pouco de cravo. Final longo e adocicado.
Disponibilidade: Duty Free Shops
Como vai, mestre?
Embora eu prefira os nativos de Islay, eu gostaria muito de provar um Macallan, como comentei com vc.
Vc acha que deveria inventir num Amber ou deveria tentar partir direto para o Sienna? Eu vejo que mesmo o Amber é um investimento alto, porque pela mesma faixa de preço eu poderia pegar o Laphroaig QC, do qual provavelmente eu vou gostar bastante, por exemplo. Sei que são animais totalmente distintos, mas gostaria de saber sua opnião: vale a pena investir num Amber ou aguardo pra futuramente adquirir um Sienna? Provavelmente o salto é enorme, certo? E este também é menos doce, pelo que andei lendo.
Grande abraço!
Fala Felipe. Olha, acho que destas opções, eu esperaria para pegar o Sienna. Mas para te ser bem sincero mesmo, talvez valesse a pena você pegar o tal Fine Oak 12. Ele não é uma sherry bomb, e é bem suave para um Macallan. Mas o bom preço e a qualidade do whisky compensam. Aí você não quebra a sua banca, e consegue pegar um QC no futuro.
O salto entre o Amber e o Sienna não é tão grande assim. O Sienna é bem mais suave e puxado para as frutas vermelhas, mas o maior salto é entre Sienna e Ruby. Mas é também um salto bem caro (o degrau debaixo já é caro!).
Boa tarde Maurício, tudo bem?
Primeiramente, queria parabeniza-lo pelo blog e seus posts, muito bons!!
Lembrei que você tinha feito um post sobre este The Macallan, e vim rever, pois como estarei de passagem pelo duty free em breve, pensei em comprar ele. Ao dar uma olhada no site deles, fiz uma lista do que comprar por lá desta vez.
Pensei em algo como Balvenie 16 Anos Triple Cask, Glenfiddich Age Of Discovery 19 Anos, Highland Park Einar, e este The Macallan Whisky Maker’s Edition.
Vendo um dos seus posts do que comprar no duty free, fiquem em dúvida do Glenfiddich Age Of Discovery 19 Anos e o Glenfiddich Edição Limitada 125 Anos
Você acha que tem algo que poderia trocar da lista, que seria melhor na sua opinião?
Tem algum que é indispensável a compra por lá?
Abraços
P.S. Se sobrar cota pra alguém que vai comigo, vou tentar também pegar o The Macallan Select Oak
Opa, tudo bem Marcelo?
Acho que sua lista está ótima. Unica coisa é que acho que o Glenfiddich 125 não está mais disponível nas lojas de Duty Free. Há um substituto a altura: o Vintage Cask, que também tem perfil defumado. Dentre os Glenfiddich 19, though, eu pegaria o maturado em vinho tinto.
Einar é bacana. Se tiver disponibilidade de capital, porém, eu pegaria o Sigurd. Tem predominancia de carvalho europeu de ex-jerez e é bem bacana. Classico perfil da Highland Park!