Da excelência e notoriedade – Manhattan
Há poucas coisas e pessoas no mundo que são tão distintas que realmente dispensam apresentações. São aqueles ícones, quase divindades em seus respectivos altares. O tempo, catalisador do oblívio, não os apagou. Pelo contrário, os alçou à categoria de lendas. Algumas delas são Bach, Ferrari, Dostoievski, Coca-Cola, Orson Welles, Cohiba e bacon – sim, caso você não tenha notado a letra minúscula, refiro-me a bacon. Isso. As costas do porco. No mundo da coquetelaria, talvez o coquetel mais emblemático do mundo seja o Manhattan. O Manhattan é a música clássica do mundo dos coquetéis. Atemporal, elegante e profundo. Três adjetivos que lhe garantiram a entrada no rol das mais distintas coisas do mundo, trazendo-lhe à imortalidade. Apesar de sua fama incontestável, não se sabe a origem do Manhattan. A história mais famosa é que ele tenha sido elaborado no Manhattan Club, em Nova Iorque, no ano de 1874, para a comemoração do aniversário de uma – também bastante distinta – senhora. Madame Jennie Jerome, mais conhecida por ser a mãe de Winston Churchill. Acontece que, como ensina David Wondrich, em seu – também icônico – livro Inbibe!, Madame Churchill não poderia estar em Nova Iorque naquele ano. Simplesmente porque estava […]