Da Arqueologia e Evolução – Glenmorangie Lasanta
Essa semana fiz uma descoberta arqueológica em minha dispensa. Encontrei lá, escondido, num cantinho, atrás das caixas de Macallan Ruby e Glenlivet 18 anos, um panetone. Fechado, na caixa. Totalmente intocado. Uma reminiscência do de nosso último natal. Visualmente, estava intacto, ainda que aparentasse levemente ressecado. Não sei o que me levou a fazer isto. Mas, quando menos percebi, já provava um pedaço. E estava horrível. Não bastasse o leve aroma de gorgonzola que aquela peça arqueológica exalava, havia um exagero de frutas cristalizadas. Não passas. Eu até gosto de uvas passas. Mas uns perdigotos de frutas inominadas. Recobrei minha razão com a primeira mordida. Sério. Quem poderia, em sã consciência, colocar tantas frutas assim num panetone? O pior é que eu realmente, realmente gosto da massa do panetone. Há aquele sabor adocicado, leve, que às vezes remonta a especiarias e às vezes a baunilha. É quase um whisky em formato sólido. Felizmente, alguma mente fértil e com bom gosto idealizou algo que resolveria este problema. O Chocolate. Assim, nascia a versão aprimorada – ou melhor, corrigida – do panetone. O Chocotone. O Chocotone é a salvação para todos aqueles que – assim como eu – gostam muito da massa, […]