Curso Avançado de Whisky – Whisky Academy

  Quer aprender um pouco mais sobre whisky? Então conheça a primeira edição do Curso Avançado de Whisky, da Whisky Academy.   A ideia do curso é fornecer ao participante um panorama sobre a bebida, incluindo métodos de produção – destilação, influência dos diferentes tipos de carvalho, cereais utilizados na produção e seu impacto no produto final – origem da bebida, história, coquetéis com whisky, legislação (brasileira e internacional) dentre outros assuntos.   Além disso, serão degustados, conforme os padrões estabelecidos pela Wine and Spirits Education Trust de Londres, 24 (vinte e quatro) rótulos, incluindo blended whiskies, single malts com e sem idade, rye whiskeys, bourbons e tennessee whiskeys. O participante também terá a oportunidade de experimentar alguns rótulos que não estão disponíveis no mercado brasileiro.   A equipe de professores é formada por alguns dos melhores especialistas em whisky no Brasil como: Cesar Adames, professor pela Wine and Spirits Education Trust de Londres (WSET) e com mais de vinte anos de experiência no mercado de destilados, Alexandre Campos, formado também pela WSET, reconhecido como um dos maiores especialistas em whisky no Brasil pela publicação internacional Malt Whisky Yearbook, e Maurício Salvi, criador e apresentador do canal Maurício Salvi no […]

Bloqueio – Whyte and Mackay 13 (The Thirteen)

Essa semana estava sem imaginação para um novo texto. Observava, com olhar fixo, a página em branco do documento à minha frente, enquanto percorria em minha mente tudo aquilo que já tinha visitado neste blog.  Não sabia que whisky reveria, e, pior, não tinha a mais rasa ideia de como introduzi-lo. E enquanto me esforçava para pensar em qualquer coisa que pudesse ser minimamente usada em um texto, veio-me uma frase que é comumente atribuída a Hemingway. Escreva bêbado, edite sóbrio. Concluí, com certo entusiasmo, que era aquilo que precisava. Beber um whisky, que me ajudaria a escolher o whisky que beberia – e escreveria – em seguida. Uma visita a dispensa. Lagavulin. Ardbeg. Glenfarclas. Nada disso. Enquanto pensava, precisava de algo mais leve. Algo que pudesse beber despreocupado, e que me auxiliaria a refletir e lubrificasse minha mente. Algo despretensioso, mas que me estimulasse a tomar o próximo gole quase involuntariamente. O escolhido logo brilhou para mim. Um Whyte and Mackay 13 anos. Em um copo baixo, logo servi uma generosa dose. Afinal, caso tivesse que me levantar da cadeira novamente para completar o copo, poderia perder a concentração. Melhor pecar pelo excesso. Com o primeiro gole, comecei a pensar. […]

O Cão Farejador – Blanton’s

Este Cão, sempre preocupado que seu público beba melhor, resolveu criar aqui um serviço de utilidade pública. O Cão Farejador. A ideia é trazer de vez em quando – ou seja, sem nenhuma periodicidade e quando der – notícias sobre garrafas incomuns, raras ou indisponíveis no Brasil, que, por sorte ou destino, este Cão encontrou ao visitar certo bar ou restaurante. Assim, você, leitor, terá a oportunidade de experimentar, por conta própria, coisas que provavelmente não imaginaria que estivessem tão próximas. Principalmente se você morar em São Paulo, quartel-general deste canídeo blog. E a primeira garrafa a ser apresentada nesta ilustre seção é o Blanton’s Special Reserve. Um bourbon whiskey com 40% de graduação alcoólica, disponível no Bar Cateto Pinheiros. Pouquíssimas garrafas restaram de uma importação feita oficialmente há mais de uma década. E o pessoal sempre diligente do Cateto conseguiu colocar as mãos em alguns destes belos exemplares. O Blanton’s Special Reserve é a expressão de entrada da Blanton’s. Cada garrafa é proveniente de um único barril – o que, na prática, significa que pode haver pequenas variações entre garrafas de barricas diferentes. A composição da mashbill do Blanton’s Special reserve leva milho, centeio e cevada maltada. O destilado entra na […]

Drink do Cão – Mint Julep

Sabe, o mundo é cheio de pretextos. De razões coadjuvantes para desculpas protagonistas. Inventamos motivos importantes para tudo aquilo que nos parece frívolo ou, na verdade, simplesmente secundário. Porque com uma boa razão, quase tudo que estiver dentro do discutível limite da moralidade, se justifica. Ou, ao menos, torna-se mais leve. É o caso, por exemplo, daquele outro Cão, amigo meu, que queria muito ver a Playboy da Luana Piovani, e disse para sua Cã que não podia deixar de ler a entrevista do… qual é o nome dele mesmo? Ou aquela pescaria, organizada pelos amigos, cujo manifesto contava com duas varas de pescar e meia dúzia de iscas, mas mais de vinte packs de cerveja. O engraçado é que todo mundo sabe a real razão por trás dessas coisas. Mas isso não é declarado. E talvez a mais coletiva dessas atividades seja o Kentucky Derby. O Kentucky Derby é conhecido como a mais famosa corrida de cavalos do mundo. O tempo rendeu-lhe o título de  “os dois minutos mais emocionantes do esporte”. É a primeira das três disputas que compõe a Tríplice Coroa, juntamente com o Preakness Stakes e Belmont Stakes. Realizada em Louisville, Kentucky, o Derby é um festival de […]

Drops – Glenmorangie Dornoch

Um whisky com senso de responsabilidade. Este é o Glenmorangie Dornoch, edição limitada da destilaria Glenmorangie, localizada nas Highlands escocesas. É que o Dornoch foi criado em homenagem à Dornoch Firth, um estuário próximo à Glenmorangie. Para levantar fundos e conscientizar o público sobre a importância daquela pitoresca paisagem, a Glenmorangie realizou uma parceria com a Marine Conservatory Society (Sociedade de Conservação Marinha). Parte da receita recebida com a venda da garrafa é revertida à instituição. O Dornoch é um single malt sem idade definida. Para atingir seu perfil de sabor, parte do destilado clássico da Glenmorangie é maturado em barricas de carvalho americano que antes contiveram bourbon whisky, enquanto parte de um destilado apenas levemente turfado descansa em barricas de carvalho europeu de ex jerez amontillado, uma variedade mais seca de jerez, o famoso vinho fortificado espanhol. Atualmente, a Glenmorangie pertence à multinacional Louis Vuitton Moet Hennessy – sim, a mesma responsável pelas bolsas de grife, champagnes e conhaque – assim como sua irmã Ardbeg. O responsável pela criação dos whiskies da destilaria é Dr. Bill Lumsden, um desajustado cavalheiro formado em bioquímica. Este ano, inclusive, Bill recebeu o prêmio de Master Distiller do ano pela International Whisky Competition. Ficou […]

De tudo que é inato – Glenmorangie The Original

Hoje vou começar com uma expressão em latim. Tabula Rasa. Tabula Rasa é um conceito epistemológico, que postula que os seres humanos nascem com o conteúdo de sua mente completamente em branco. Este conteúdo, aos poucos, vai se acumulando graças à percepção e empirismo. A tabula rasa é uma das bases da filosofia de John Locke, e se opõe à teoria do Inatismo que prega que alguns conhecimentos estão presentes desde o nascimento. Simplificando. Uma teoria diz que nascemos como um papel em branco – o que, curiosamente, é a tradução de tabula rasa. Já a outra, determina que saímos do ventre sabendo uma coisa ou duas. Como, sei lá, reconhecer situações perigosas. Ou mamar, gostar de comida gorda e fazer cocô. O que faz sentido, porque eu não me lembro de ninguém me ensinando essas coisas. E se eu lembrasse, provavelmente teria vergonha de meu professor. Como pai de uma criança de dois anos e meio, não sei bem no que acreditar. Porque ninguém ensinou minha filha o que é belo ou feio, bom ou mau, ou mesmo a preferir macarrão a salada. Por outro lado, ninguém com um mínimo de conhecimento prévio faria coisas como colocar a chupeta […]

Diplomacia – Gim Virga

Antes de começar, tenho que dizer que isto não é um post sobre whisky. É um post sobre um gim. Mas um gim tão especial, que achei que merecia uma menção por aqui. Continue comigo. Em breve você entenderá por que. As relações entre o Brasil, Inglaterra e Holanda são bem mais estreitas do que pensamos. A história de nossa pátria está eivada de episódios com os – muitas vezes nem tão – simpáticos povos britânicos e holandeses. Um exemplo disso foram as invasões holandesas ao Brasil, que você já deve conhecer, se permaneceu acordado durante as aulas de história. A principal delas foi no século dezessete. Os holandeses dominaram a cidade de Recife, com o objetivo de controlar parte do comércio de açúcar brasileiro. Os holandeses, este povo pouco civilizado, durante sua invasão bárbara, fomentaram as artes com o envio de importantes pintores à sua colônia, construíram pontes, teatros, diques, drenaram pântanos e trouxeram saneamento à população. Inauguraram um zoológico, um jardim botânico e um observatório astronômico. Além disso, asseguraram liberdade religiosa para aqueles sob seu governo. Mas a população da colônia não estava acostumada àquele tratamento humanizado. Então, anos mais tarde, se revoltaram com o governo holandês, e […]

Cateto Smokey Mondays – Degustação de Bourbons

Segunda feira é para os corajosos. E ontem, com o coração cheio de bravura, o Cão Engarrafado participou do Cateto Smokey Mondays, um já tradicional evento mensal, organizado pelo Bar Cateto Pinheiros. A ideia por trás do evento é simples. Trazer, sempre na primeira segunda-feira do mês, um belo charuto, que será degustado e harmonizado com bebidas diferentes. E ontem foi a vez dos bourbon whiskeys e dos charutos cubanos Bolivar Redentor série exclusiva para o Brasil. O evento ainda contou com uma aula especial, ministrada pelo professor Cesar Adames. Pudemos experimentar – ou melhor, relembrar – três bourbons já revistos neste blog: Bulleit, Woodford Reserve e Maker’s Mark. Além deles, foi servida uma garrafa antiga de Blanton’s Special Reserve, da época que o whiskey ainda era importado para o Brasil. O mais interessante é que a degustação foi feita às cegas, e apenas ao final os bourbons foram revelados. Assim, todos puderam provar as doses sem preconceitos ou preferências preconcebidas, e eleger seu preferido. Após a a aula, os participantes puderam acender seus charutos, e experimentar novamente os whiskeys, desta vez, harmonizados. O charuto, escolhido pela Barão Tabacalera, casou perfeitamente com as garrafas escolhidas e com o bate papo, com a participação de todos os presentes. Se […]

Hiperatividade – Jura Origins 10 anos

Sabe, eu sou uma pessoa mais ou menos hiperativa. Para mim, ficar preso em algum lugar sem possibilidade nenhuma de inventar alguma coisa para fazer é quase uma sentença de prisão perpétua. Meu dia ideal é aquele com a agenda limpa e uma miríade de possibilidades. E, para isso, viver em uma cidade grande é excelente. Afinal – resguardado o limite do bom senso e da moralidade – posso fazer praticamente o que tiver vontade. Há infinitos restaurantes, milhares de bares, centenas de cinemas, dezenas de museus e parques. Talvez tenha acordado com a estranha vontade de praticar pelota basca pela primeira vez. Sem problemas, conheço um clube que possui uma quadra. Em oposição, um lugar que não oferece tantas possibilidades me assusta. A proverbial ilha deserta, no meu caso, seria um castigo maior do que a morte. Ainda que eu pudesse levar aquele meu livro e a tal única garrafa de whisky. Porque, afinal, o que eu faria com meu dia após terminar a leitura e secar a garrafa? Bem, se eu fosse Archibald Campbell, e vivesse no século dezenove, eu saberia exatamente o que fazer. Eu fundaria uma destilaria de whisky. Afinal, na lógica de Campbell, nada melhor para […]

Drops – Gladiator Bestiarius

Aí vai mais uma cervejinha fraca para sua quinta-feira. Essa é a Shipyard Gladiator Bestiarius, uma Imperial Porter que foi maturada por dez meses em barricas que antes contiveram o bourbon Jim Beam. Sua graduação alcoolica é de 9,4% (ou melhor, 11,8%). Ah, e ela vem em garrafas de 750ml. A Bestiarius tem sabor de café, açúcar mascavo e um característico final de baunilha, bem próprio das barricas utilizadas em sua fabricação. Apesar da graduação alcoólica, é uma cerveja bem menos densa do que a maioria das Imperial Porters que vemos por aí. Ou seja, um convite tentador para se tomar uma garrafa inteira. A Shipyard Brewing Co. é uma cervejaria localizada em Portland, Maine, fundada – espiritualmente – em 1992, tendo sua fábrica sido construída em 1994. Atualmente, são produzidas mais de vinte rótulos diferentes, além de um refrigerante – Capt’n Eli’s Soda. Os rótulos da série Gladiator, no entanto, são reservados às criações mais especiais e exclusivas. No Brasil, a Gladiator Bestiarius é importada pela Get Trade, e pode ser encontrada online ou em bares especializados em cervejas, como o Empório Alto dos Pinheiros. Seu preço médio é meio monstruoso. R$ 130,00 (cento e trinta reais). E se […]