Jameson Bartender’s Ball 2017

segunda feira não é ruim, você que está no lugar errado“. Lembrei-me deste cliché ao chegar ao Estúdio da Tattoo You, em São Paulo, ontem. Mas não para fazer uma tatuagem – ainda que às vezes flerte com a ideia – mas para um dos eventos mais legais do ano. A final do Jameson Bartender’s Ball 2017.

Bartender’s Ball é uma competição internacional de bartenders, em que cada um deve criar um coquetel próprio, utilizando Jameson. No ano passado, o vencedor foi Matheus Cunha, do atual Juniper 44º. Seu coquetel – o Sem Medo –  levava Jameson, cerveja preta, vermute e abacaxi.

Neste ano, além do concurso, o evento ainda foi complementado por uma interessantíssima palestra preliminar do embaixador da Jameson no Brasil, Lucca Campolina, sobre a história e produção do whisky irlandês mais famoso do mundo.

Lucca em ação

A competição contou com vinte e quatro bartenders brasileiros. No final de abril, foram escolhidos seis, que participaram da final brasileira (ou semifinal mundial) naquele 15 de maio, no estúdio da Tattoo You: Edgard da Silva Jr. (LOL Sport e Bar), Stephanie Marinkovic (Espaço 13), Renan Tarantino (Nakka), Felipe Leite (Jiquitaia), Dio Lucena (Peppino), Vanderlei Nunes (Brexó) e Guilherme Araújo (Vidottinho).

Os bartenders deveriam improvisar drinks para três jurados. Destes seis, três foram selecionados para preparar novamente suas criações para os participantes: Stephanie Marinkovic, Renan Tarantino e Guilherme Araújo.

Stephanie preparou o Impetus, inspirada pelo poema Ballad of Reading Gaol, do – também irlandês – Oscar Wylde. A obra fala sobre amor, e sobre como este sentimento corrompe e altera seu objeto. Cada um dos quatro ingredientes do drink representa uma releitura da fase do amor. Além do Jameson, sua criação leva camomila, café, tintura de arroz negro, bitter de lavanda, e (pasme) bacon.

Renan, por sua vez, apostou em ingredientes bastante incomuns. Além do whiskey irlandês, seu coquetel – chamado Sabiá – leva purê de pitanga, compota de abacaxi, falernum do pará (isso é uma espécie de calda de açúcar com castanha do pará, amêndoas, gengibre, imbiriba, puxuri, cravo, semente de cumaru e casca de limão) e limão cravo.

Renan e sua criação (Foto Leo Feltran)

Já Guilherme se inspirou num drinque essencialmente irlandês. O Irish Coffee, e criou sua versão abrasileirada. O Brazilian Irish Coffee, que leva Jameson, xarope de baunilha com canela, suco de laranja, um bitter artesanal preparado pelo próprio Guilherme. O Drink é finalmente defumado com canela, batido e depois coado.

Ao final do evento, o finalista da etapa brasileira foi anunciado. Renan Tarantino, responsável pela coquetelaria do incrível restaurante japonês Nakka. Este Cão teve a oportunidade de provar sua criação, uma excelente combinação entre o cítrico e o adocicado.

A impressão que este Cão teve durante a competição do ano passado permaneceu inalterada.  Jameson Irish Whisky é ótimo para se tomar puro ou com gelo, mas é também excelente para preparar drinks. É um whiskey versátil, que funciona bem em coquetéis amargos, cítricos ou adocicados.

Poderia aqui finalizar este texto passando a receita do coquetel vencedor. No entanto, isto seria nada além de um exercício de futilidade. A criação de Tarantino leva ingredientes que somente seriam os mesmos se criados por suas mãos. Então, vou sugerir algo diferente. Compre uma garrafa do irlandês mais conhecido do mundo e faça sua própria criação. Afinal, no conforto do lar, com uma boa garrafa de whiskey e criatividade, nenhum dia é ruim. Nem mesmo uma segunda-feira.

E se encontrar um destes, compra pra mim!

4 thoughts on “Jameson Bartender’s Ball 2017

  1. Como vai, mestre?
    Felizmente, ainda tenho Jameson em meu bar hahaha. Vou arriscar alguma coisa.
    Grande abraço!

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