Expectativa e realidade. Poucas coisas definem melhor o abismo entre os dois conceitos do que hambúrguer de um certo fast food. Porque na foto, atrás do balcão, ele é aquele negócio suculento, alto, mal passado, com queijo derretido em abundância. Mas, na realidade, ele é um bife pálido e fino, com uma mísera fatia de algum queijo cretino, e uma alface murcha que não cabe bem lá dentro, e faz o pão deslizar.
Uma vez perguntei a um amigo fotógrafo como é que ele fazia para aquele hambúrguer todo torto ficar tão bonito na foto. E ele me confidenciou uma coisa. Que aquilo da foto não era um hambúrguer. E nem estou falando do paradoxo gerado pela Traição das Imagens, evidenciado na obra surrealista do cachimbo de Magritte. O que digo é que, nem na realidade daquela foto, aquilo era um hambúrguer. Segundo meu amigo, eles usavam massinha, espuma, ou qualquer coisa que parecesse carne, queijo e pão, só pra foto ficar bonita.
Sempre pensei o mesmo sobre gelos cristalinos, naquelas fotos do Instagram. Podia apostar que era uma bola de vidro, ou acrílico.
No bar, tudo bem, fazia sentido. Bastava cortar um tijolo gigante de gelo e descartar a parte esbranquiçada. Para fazer esse processo, porém, é necessário experiência e cuidado. Afinal, usar uma serra para dividir um paralelepípedo gigante de gelo não era uma tarefa muito fácil ou segura.
E esse é o problema de tentar reproduzir o gelo em casa. Sem serrote ou tijolo de gelo, nunca consegui que minha pedra ficasse absolutamente cristalina. E tentei das mais diferentes formas. Com caixa de sorvete, saco plástico e até com um molde especial, redondo. Nada funcionava. Até que a solução apareceu na forma de um amigo e um projeto. O Tuaq Ice.
O Tuaq é uma prensa capaz de moldar gelos de diferentes formatos, como diamante e caveira. Além, claro, do tradicional gelo esférico. Mas a parte mais legal é que graças a uma forma de gelo patenteada por eles e batizada de Anuaq, o gelo moldado pelo Tuaq é absolutamente cristalino. Igual daquele bar bacana, só que com a vantagem de que você não corre o risco de perder um membro tentando dividir um iceberg com uma motosserra.
Segundo a marca “A palavra “TUAQ” vem do dialeto Inuit, falado pelos esquimós do Canadá e Groenlândia. Curiosamente os esquimós possuem mais de 100 palavras diferentes para designar diversos tipos de gelo e neve. Palavras como apun (neve), apingaut (primeira neve que cai), nutagak (neve fofa) e iluq (gelo na parte de dentro da janela) são utilizadas de acordo com cada situação.” E Tuaq significa “gelo velho que se torna gelo novo“.
Produzir o gelo cristalino é fácil e não exige qualquer ferramenta cortante. Deve-se primeiro encher o Anuaq (a forma) com água, e deixar no freezer de doze a quinze horas. Depois, basta tirar o gelo da forma, derreter a parte de baixo – que não é cristalina – e colocar o gelo no Tuaq. A prensa, através de troca de calor e força da gravidade, o moldará.
GOSTOU? TENHO BOAS NOTÍCIAS.
Se você ficou interessado, o Tuaq pode ser adquirido clicando aqui. E graças a uma parceria entre a Tuaq e este infame blog canino, você, querido leitor, tem 10% de desconto. Basta inserir o código CAOENGARRAFADO no campo ao finalizar a compra.
Mas atenção – por enquanto, o Anuaq – a forma que produz o gelo cristalino – que vem junto com o Tuaq é um protótipo. Recomendamos entrar em contato com a marca para saber mais detalhes sobre ele.
Este Cão garante – este não é o seu tradicional hambúrguer de fast food.
*este post é uma parceria com a Tuaq Ice. O Cão Engarrafado, porém, manteve total liberdade de opinião em relação ao seu tema.
Rapaz, fui seco pra comprar achando que custaria uns 100,00, 200,00 reais. Mas pagar isso tudo é dureza hein.
Fico com meu gelão quadrado mesmo que esbranquiçado
Hehe, João, em termos absolutos não é barato. Mas comparativamente, é em conta. O semelhante da The Macallan custa mais de 600 libras. O problema dessas prensas é que a matéria prima e o equipamento para produzir são caros. E isso acaba tornando o valor final do produto alto. Por outro lado, é um negócio super robusto!
Até concordo q o material é top e tals, mas 1500 temer por um produtor de bolas de gelo kkkkk, fica claro q se trata de um produto destinado a quem não nada mais o que fazer com essa grana kkkkk.
Pra mim não faz falta , prefiro infinitamente só um fio de água no whisky.
Quem sabe não rola uma loteria, daí compro kkkkk
Abraço
Roger, antes da Apple inventar o ipad, ninguém sabia que precisava dele…rs[
Torcendo pelo seu bilhete premiado! 😀
Abs!!
Eu não ponho gelo em meu whisky, mas vejo que gelo vai muito bem em drinques. Sempre me perguntei como conseguiam estes belos exemplares… Eis que o senhor apresenta a solução hahaha
Abraço!
Exato! É um brinquedinho bem bacana!
Sou um amante de destilados e da coquetelaria. Como vi nos posts acima não é barato, mas comparando com as poucas opções de concorrência, talvez seja a opção mais viável que tenho. Parabéns pelo trabalho!!Sempre é um prazer a leitura!
Opa, imagine. Obrigado, Silvano!
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Oh venerável Cão leio cada de um seus posts da mesma forma que leio Proust, Joyce, Mann ou Grass. Devo confessar que suas dicas, mais que dicas, lições sobre whiskyes, em minha opinião, beira a sacralidade, mas sobre esse tal Tuaq, por mais erudito que seja as explicações sobre os esquimós fica a sensação de que este Cão está querendo meter a gente numa fria, com ou sem trocadilhos infames. 2357,00$ em 10/01/2022 no Amazon.
Introdução genial do comentário, rs.
MEU DEUS DO CÉU, tá caro assim? É muito legal, realmente funciona. Usamos no Caledonia. Mas, era mais barato antes.
Acho que Proust, Joyce, Mann e Grass não te colocariam numa dessas frias. rs