Não foi dessa vez. Lutamos com garra, mas apesar de toda torcida, do canarinho pistola e do russo esquisitão, fomos derrotados pela Bélgica. Numa copa bem atípica, sem Argentina, Alemanha e Espanha, o Brasil também ficou de fora.
Mas apesar de nossa derrota no futebol, ainda podemos trazer a taça para casa. Mas não da Copa do Mundo. De uma outra competição que, na opinião – assumo que um pouco enviesada – desse Cão, é ainda mais importante: o Worldclass Competition.
O Worldclass, pertencente à Diageo, é um dos maiores campeonatos de coquetelaria do Brasil, e dos mais importantes do mundo. São mais de dez anos de competição, em mais de cinquenta países. Nessa década de existência, mais de sessenta mil profissionais participaram do campeonato. Em 2018, foram 250 inscritos apenas em nosso país.
Após diversas etapas, foram selecionados oito semifinalistas. Adriana Pino, Anderson Santos, Gabriel Santana, Gustavo Guedes, Heitor Marín, Miguel Paes, Rafael Domingues e Romero Brito. Os jurados da final regional foram os reconhecidos bartenders Ale D’Agostino, Fabio la Pietra, Jean Ponce, Márcio Silva e Spencer Amereno.
A final da etapa brasileira do Worldclass aconteceu no restaurante Seen – localizado no último andar do hotel Tívoli Mofarrej, em São Paulo. Lá, os finalistas foram submetidos a diversas provas, como a preparação de um coquetel autoral inspirado em algum país em que o Brasil venceu a copa.
Uma das mais divertidas etapas – ao menos para os espectadores – foi o speed challenge, em que os bartenders participantes deveriam preparar cinco coquetéis distintos em menos de cinco minutos, e, se sobrasse tempo, mais outros nos poucos segundos excedentes. Tudo isso ao som de alguma música tensa (adorei ouvir Misirlou) e os berros da platéia.
Após a avaliação dos jurados e um já tradicional mistério, a campeã foi anunciada por Nicola Pietroluongo, embaixador da Diageo. Adriana Pino. A atuação de Adriana naquele dia foi extraordinária. Um coquetel inspirado no Japão, que contava até mesmo com um peixe vivo de decoração.
E no speed challenge, ela não apenas preparou cinco coquetéis (Negroni com Tanqueray Nº10, Rabo de Galo com Ypióca 5 Chaves, White Lady feito também com Tanqueray Nº10, Paloma com tequila Don Julio, Cuba Libre com o rum Zacapa) como conseguiu fazer uma capirinha extra, com Ypióca 5 Chaves.
Na área há 14 anos, Adriana passou pelos balcões de casas como Brasserie Erick Jacquin, Brown Sugar, Duke Bistrot (Campinas) e Méz. Hoje, ela atua como consultora, com clientes em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Acre.
Após a premiação houve a grande festa de celebração que contou com um guest bartending estrelado pelos cinco jurados da competição, com incríveis receitas exclusivas. Receitas, que, aliás, você mesmo, querido leitor, poderá experimentar. Os coquetéis dos jurados estarão disponíveis para os clientes do Seen durante todo o mês de julho.
Adriana viajará em outubro para Berlim, para competir na final global do Worldclass. Este Cão deseja a ela boa sorte, boa viagem e que – para compensar nossa campanha na copa do mundo – traga a taça para nossas terras.
Não é por nada… a Copa foi e é legal, mas esse torneio foi bem mais hahaha.
Provavelmente seja o álcool e a inovação envolvidos.
Abraço!
Concordo 100%!!