Este é um post sazonal sobre personagens que amam whisky. Para ler os demais posts, clique aqui para o primeiro, aqui para o segundo e aqui para o terceiro.
Que o whisky é um catalisador de criatividade, ninguém duvida. O escritor William Faulkner, por exemplo, sempre mantinha uma garrafa ao alcance das mãos enquanto escrevia. Já Charles Bukowski, com todo seu ar hipster maldito, adorava boilermakers mesmo antes deles terem se tornado cool.
Dalton Trumbo – roteirista responsável por filmes como Papillon, Arenas Sangrentas e Spartacus – também não dispensava um bom whisky escocês ao exercer sua criatividade. E Samuel Clemens, conhecido pelo pseudônimo de Mark Twain, sempre possuía um bom pretexto para consumir a melhor bebida do mundo: “Eu sempre tomo whisky escocês a noite para prevenir dor de dente. Eu nunca tive dor de dente, e vou lhe dizer mais, eu não pretendo ter também”
Muitas vezes o whisky permanece do lado real da obra ficcional. No entanto, ocasionalmente, o whisky passa a fazer parte da história. Afinal, há uma pletora de personagens que, assim como nós, compartilham do amor pela melhor bebida do mundo. Assim queridos leitores, aí vai mais uma lista com quatro indivíduos da ficção que, assim como nós, não dispensam um bom whisky.
Ron Swanson
Olha, tenho que admitir que somente ressuscitei este tema por conta de Ron Swanson, do seriado Parks & Recreation. Ron é um funcionário público mau-humorado, que trabalha ativamente para que a prefeitura da cidade ficcional de Pawnee, Idiana, seja mais morosa e ineficiente.
Ele despreza quase todo mundo, mas ama tudo que se relaciona ao universo eminentemente masculino. Carne, caça, embutidos e, claro, whisky. Seu malte de preferência é o incrível Lagavulin. A relação do personagem – e de Nick Offerman, ator que o impersonaliza – é tão forte que a própria destilaria convidou Nick para realizar alguns vídeos sobre ela. Para saber mais, acesse My Tales of Whisky, no YouTube
Arthur Bach
Arthur é o protagonista do filme homonimo, de 1981. Vivido por Dudley Moore, Arthur é um ébrio milionário novaiorquino à beira da falência. Para se salvar da miséria, arranja um casamento com Susan Johnson, herdeira de outro afortunado senhor, relacionado a seu pai. Arthur, porém, se vê dividido entre a conveniência e a paixão ao conhecer uma garota chamada Linda Marolla, estrelada por Liza Minelli.
Uma das frases mais famosas do filme vem de Arthur em uma inspiração etílica “Nem todos nós que bebemos somos poetas. Alguns de nós bebemos por não ser poetas“.
Tenente Archie Hicox
“Há um espaço no inferno especial para quem desperdiça um bom scotch“. É com essa frase que o Achie Hicox, tenente britânico, começa seu discurso ao se ver no impasse final do filme Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino – no que, na opinião deste Cão, é a melhor cena do filme.
Não há menção sobre a marca do whisky, mas, pelo semblante do militar, é daquele tipo bom de morrer.
Rooster Cogburn
Rooster Cogburn é um Agente Federal (US Marshall) norte-americano, veterano da Guerra Civil, que é tão destemido quanto ébrio. Sua primeira aparição foi no filme True Grit, de 1968, vivido por John Wayne, e, posteriormente, Rooster Cogburn (1975) e True Grit: A Further Adventure (1978). Mais recentemente, foi reencarnado no corpo de Jeff Bridges, na regravação pelos Irmãos Coen do primeiro filme, em 2010.
Rooster não faz muita distinção do whiskey que bebe. Mas seu tipo preferido é um “genuíno estoura cabeça duplamente retificado, envelhecido em um tonel” ou, no original – que faz mais sentido – “Genuine, double-rectified bust head. Aged in the keg “
Não podemos esquecer do poeta Vinícius de Moraes que sempre estava com seu copo e autor do comentário “O whisky é o melhor amigo do homem. É o cão engarrafado”. Kkkkk